SEJAM BEM VINDO!






“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo.

Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.


Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

Rubem Alves












domingo, 21 de fevereiro de 2010

VEJA QUE INTERESSANTE A CAMPANHA DOS 100 ANOS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA (ABI)

A vírgula pode ser uma pausa... Ou não.
Não, espere.
Não espere.


Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.


Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.


Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.


E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.


Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.


A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.


Uma vírgula muda tudo.


ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação'.
Preconceito linguístico: algo que precisa ser erradicado




Atualmente tem sido constante o debate sobre o respeito às diferenças e a formação de uma sociedade pautada na vivência efetiva dos direitos humanos. Assim, é inadmissível que uma pessoa deixe de desfrutar dos bens sociais que ele mesmo ajuda a produzir, por causa de fatores relacionados à religião, raça ou opção sexual.

Se temos avançado no que diz respeito ao combate a esses preconceitos, o mesmo não se pode dizer quando o assunto é preconceito linguístico.

As ciências da linguagem têm facilmente demonstrado que o preconceito linguístico nada mais é que o cultivo do preconceito social. Quando discriminamos uma pessoa por causa do seu modo de falar, na verdade estamos discriminando a classe social da qual faz parte.

Também é fato cientificamente comprovado que não há línguas homogêneas, todas as línguas mudam continuamente, e não há como alterar o curso natural dessa mudança.

Assim, é incoerente dizer que a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente, pois isso significa desconsiderar a verdadeira diversidade lingüística existente em nosso país.

Acredito que esse seja um dos papéis primordiais da escola, não somente durante o ensino de Língua portuguesa, incorporar essas diferenças, tratando-as como algo positivo, bonito, funcional. Ao mesmo tempo é necessário que prepare o aluno para que, ao longo de sua vida escolar, vá ampliando progressivamente sua competência comunicativa.

Isso não quer dizer que ele vá substituir o seu conhecimento lingüístico por outro melhor, ou mais certo, significa aprender a utilizar a língua em diferentes situações e contextos de maneira adequada e efetiva.





terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CURIOSIDADE SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

POR QUE BRASILEIRO E NÃO BRASILIANO?

Além do adjetivo brasileiro, os termos brasiliano, brasiliense, brasilense, brasílico e brasílio também significa natural ou relativo ao Brasil. No entanto, a designinação mais comum, brasileiro, tem origem no Brasil colônia. Brasileiro, segundo o filólogo Silveira Bueno, era tirador de pau-brasil.

No início da colonização essa palavra tinha conotação negativa, pois as pessoas que extraíam a árvore eram geralmente criminosos expulsos de Portugal.

 Foi o Frei  Vicente de Salvador  que utilizou pela primeira vez essa palavra para designar pessoas naturais do Brasil e não somente  para o tirador de pau-brasil. Com o fim da madeira essa palavra acabou se consolidando definitivamente como adjetivo pátrio.

 Ainda hoje o sufixo eiro  indica ofício ou atividade, ocorrendo com menos frequência em outros adjetivos que indicam nacionalidade como mineiro, por exemplo.