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“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo.

Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.


Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

Rubem Alves












domingo, 21 de fevereiro de 2010

Preconceito linguístico: algo que precisa ser erradicado




Atualmente tem sido constante o debate sobre o respeito às diferenças e a formação de uma sociedade pautada na vivência efetiva dos direitos humanos. Assim, é inadmissível que uma pessoa deixe de desfrutar dos bens sociais que ele mesmo ajuda a produzir, por causa de fatores relacionados à religião, raça ou opção sexual.

Se temos avançado no que diz respeito ao combate a esses preconceitos, o mesmo não se pode dizer quando o assunto é preconceito linguístico.

As ciências da linguagem têm facilmente demonstrado que o preconceito linguístico nada mais é que o cultivo do preconceito social. Quando discriminamos uma pessoa por causa do seu modo de falar, na verdade estamos discriminando a classe social da qual faz parte.

Também é fato cientificamente comprovado que não há línguas homogêneas, todas as línguas mudam continuamente, e não há como alterar o curso natural dessa mudança.

Assim, é incoerente dizer que a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente, pois isso significa desconsiderar a verdadeira diversidade lingüística existente em nosso país.

Acredito que esse seja um dos papéis primordiais da escola, não somente durante o ensino de Língua portuguesa, incorporar essas diferenças, tratando-as como algo positivo, bonito, funcional. Ao mesmo tempo é necessário que prepare o aluno para que, ao longo de sua vida escolar, vá ampliando progressivamente sua competência comunicativa.

Isso não quer dizer que ele vá substituir o seu conhecimento lingüístico por outro melhor, ou mais certo, significa aprender a utilizar a língua em diferentes situações e contextos de maneira adequada e efetiva.





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